Seja na bancada de telejornal ou no comando de atrações voltadas ao público feminino, em emissoras como Record e CNT, Adriana de Castro sempre se destacou com a trinca credibilidade, beleza e carisma.
Em 2014, a jornalista e apresentadora decidiu dar um tempo da TV e passou a investir em conteúdo digital com foco em maternidade e outros temas ligados ao universo da mulher.
Na entrevista a seguir, ela explica a nova rotina e seus projetos.
Por que tomou a decisão de se dedicar mais à família do que ao trabalho na TV?
A mudança foi acontecendo de forma natural e gradual. O meu sonho era ser apresentadora de telejornal, atingi o meu objetivo e fiquei muito feliz por isso. Com o tempo percebi que as notícias que mais me interessavam no noticiário eram as ligadas ao comportamento e à qualidade de vida. Comecei a mudar meu foco e a vida foi me direcionando a trabalhos que me exigiam outro tipo de dedicação. Trabalhar continua sendo prioridade na minha vida, mas hoje tenho como conciliar o meu tempo, já que não tenho compromisso com o jornalismo diário.
No seu blog você joga luz sobre a maternidade depois dos 40 anos. Como foi sua experiência?
Existem mães com 17 anos, 25 anos, 30 anos. No meu caso, a maternidade aconteceu depois dos 40. E chegou na hora certa para mim. Sempre tive o desejo de ter uma família e de ser mãe. Quando conheci o meu marido, percebemos que a nossa hora havia chegado. Engravidei de forma natural dos meus dois filhos, aos 42 e 44 anos. Já entrevistei muitas pessoas, li inúmeros livros, tenho bastante informação. Além disso, sei que ainda tenho muito a aprender.
Como é o retorno por parte das leitoras?
Resolvi escrever o blog porque percebi que muitas mulheres se sentiam aliviadas quando eu contava a idade que tinha quando engravidei. Afinal, se aconteceu comigo, pode acontecer com elas também! Recebo e-mails com depoimentos lindos de mulheres que engravidaram depois dos 40 e outras que sonham com a maternidade. Fico extremamente feliz com esta troca.
Muitos apresentadores ficam 'viciados' na visibilidade diária na TV. Alguns até desenvolvem depressão ao ficar fora do vídeo. Teve dificuldade em se desligar da rotina na TV?
Um pouco, é natural. Mas existem tantas oportunidades. A TV continua com um papel importante na divulgação, mas não me sinto fora do vídeo. Estou no celular das pessoas. Hoje eu produzo e apresento junto com a Dra. Hebe de Moura o programa A Inteligência Feminina. Um sonho! São inúmeras as possibilidades.
Qual o conteúdo desse programa na internet?
Entre todas as pessoas que entrevistei na vida, aquela que me chamou mais atenção foi a Dra. Hebe. Por isso desenvolvemos juntas esse programa com dicas para as pessoas se relacionarem melhor, fazendo mudanças simples no comportamento. Com essa experiência, resolvi também fazer o blog, que no futuro pode até virar um programa. No compartilho a minha história, tudo o que aprendi e o conhecimento de especialistas com as pessoas. Gosto de divulgar a informação que pode ajudar alguém. Às vezes uma dica simples pode fazer a diferença. Por exemplo, sabia que dependendo do jeito que você enrola um bebê na mantinha, ele pode ficar mais calmo e até parar de chorar? No meu blog tem um desenho mostrando essa técnica. A internet tem milhares de informações, no meu blog estou sempre selecionando o que considero mais interessante para as mães e todas as pessoas que convivem com este universo tão especial.
Há cobrança por parte do público que a acompanhava pela TV?
As pessoas têm sido legais comigo. Elas cobram sim, mas fico contente porque isto me faz sentir querida. Quando elas ficam sabendo dos novos rumos que tomei na vida, se apressam a me seguir pela internet.
Hoje, fala-se muito sobre o empoderamento feminino. Como vê a participação das mulheres na televisão brasileira?
Acredito que a mulher vem ocupando cada vez mais espaço, mas ainda temos muito a crescer para chegar a um ponto de equilíbrio (com os homens). Como nós estamos entrando na era da cooperação, acho que o ideal é que ambos possam cooperar e não só competir.
Foto: Divulgação
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